30 de dec. de 2006

Mitos laborais

Estes son probabelmente os dez mitos falaces mais estendidos no mundo laboral:

1- Encontrar emprego cun bo título académico é fácil.
2- Internet (p.ex. Infojobs, Monster, etc...) é o mellor sitio onde procurar.
3- Os traballos que requiren esforzo físico páganse peor.
4- O aprendido na universidade ou politécnico non vale para a vida real.
5- O proceso de contratación é xusto.
6- Calquera pode facer calquera traballo con suficiente experiencia.
7- Se publico o meu CV na net recibirei mais ofertas de traballo.
8- Se unha compañía non está recrutando xente non hai oportunidade de ser contratado.
9- De non encontrar traballo o mellor é seguir estudando.
10-Un posgrao (p.ex. MBA, doutorado) garante un salario mais alto e ocupar postos xerenciais.

Nota: adaptado polo autor a partir de varias postaxes do Employment Digest. A imaxe é dunha ETT, no El País. Chuce aquí.

28 de dec. de 2006

Lalalá visto no Chuza


Anunciado no Chuza: Hotéis em La Coruña?

Há mais exemplos de galego-portunhol nos pacotes de café Trópico e no leite Feiraco.

27 de dec. de 2006

2007: Ano da Engenharia Informática

O Ministério da Educação espanhol aprovou as diretrizes do Grau em Informática na semana passada em meio do Natal. Se ninguém o remedeia, a Engenharia Informática vai desaparecer num par de anos com a adaptação ao modelo europeu de Bolonha.

Cria-se um primeiro Grau em Informática reduzido para quatro anos e elimina-se assim a concepção de que informática é uma engenharia. Quem gostar de saber mais terá de pagar o pouco económico Master (ou mestrado) em Engenharia Informática.

Sendo o processo de Bolonha a nível europeu, porquê a estrutura académica vai ser 3+2 anos em Portugal e 4+1 anos em Espanha?

A lei foi aprovada sem debate, por surpresa e com um véu de desconhecimento e passividade quer nos professores quer nos alunos.

Imagem: Logo de Ingenieros de primera

23 de dec. de 2006

Propósitos para o novo ano

Para o vindeiro ano serei mais realista: pedirei o imposíbel.

Imaxe: anaco dunha oferta de emprego de Allianz nunha revista británica.

20 de dec. de 2006

A crise que vem da Ásia

Em 1997, o bom desenvolvimento económico da Ásia sofreu uma crise que se estendeu rapidamente a vários países asiáticos e latino-americanos. A Tailândia, que tinha o maior crescimento da história, entrou numa terrível crise monetária da que ainda hoje não conseguiu saír.

Ontem a economia electrónica propagou o pânico na bolsa pela fraqueza do dólar e do yuan chinês. A Tailândia, uma economia com grande presença de capital estrangeiro, perdeu até o 10% do seu PIB num só dia por um rumor de que blindaria o mercado.

Com as nossas economias ligadas em rede, um simples FUD (Fear, Uncertainty, Doubt) tem a potência e a celeridade suficiente para knockear qualquer país (p.ex. George Soros contra o Reino Unido). Os governos já não podem manejar as crises.

Imagem: números vermelhos na bolsa de Tóquio. Mais em BBC News.

Eternidade

Este ano non vou ter Nadal. O significado do Nadal tal como o coñecía desapareceu coa perda dun familiar moi querido. Finxirei que todo continúa igual mercando os habituais agasallos.

Apesar de ser un agnóstico convencido, se é que un agnóstico pode estar convencido de algo, deixo no blogue unha atinada reflexión do señor cura da miña pequena aldea:

"Somos infelices porque tratamos de saciar o noso corazón, que ten fame do infinito e do eterno, con cousas materiais, que son necesariamente finitas e perecedouras."

A felicidade, como a eternidade, non se pode mercar, nin sequera no Nadal.

Imaxe: After Shave Eternity de Calvin Klein. Aprox. 26 euros no Carrefour.

15 de dec. de 2006

Plágio

Graças a um reportador anónimo chegou cá o seguinte caso de plágio que tem muita piada. Vale a pena lê-lo ou escutá-lo no seu blogue original: Orsai.

Um blogger argentino publicou um artigo, El amigo tonto, e depois foi roubado e publicado na imprensa por um polícia espanhol. Mas a vingança do blogger foi fazer uma entrevista ao polícia-ladrão e pôr a gravação na net. Ouçam lá.

Este é só um caso mas há inumeráveis exemplos de apropriação de ideias de professores a alunos, de chefes a empregados, etc ... no nosso quotidiano. Plagiar mata a criatividade, é uma fraude e é, portanto, uma atitude ética muito reprovável.

Quando eu estudava no Reino Unido, o chamado plagiarism era o pior dos comportamentos possíveis e era punido com a expulsão da universidade ou da empresa. Tomem nota.

Imagem: Tirada da página do consultor de negócios Lee Hopkins

13 de dec. de 2006

A oportunidade que esperabas

Despois de ter chamado inculto ao público milanés da Scala na véspera da representación da ópera Aida, o tenor Roberto Alagna, na foto, escapou a lume de carozo no meio da súa actuación entre os berros dunha sala na que se atopaban entre outros Angela Merkel.

E así chegou a oportunidade de Antonello Palombi, o suplente, que tivo que facer de xeneral Radamés en jeans e camisa. O esforzo foi agradecido cun aplauso de nove minutos.

E é que o mundo da ópera é como a vida mesma, todos temos un pouco de Palombi agardando oportunidades tras duns Alagna.

11 de dec. de 2006

A cultura do vinho

Já que estamos no Natal, uma época propícia para os embebedamentos, gostaria de propor uma maneira diferente de beber álcool. Desde que moro em Compostela tenho verificado que o único objectivo da mocidade na quinta-feira à noite é apanhar rápido uma bebedeira de paralisar os neurónios.

Era melhor substituir essas combinações infectas com o estômago em jejum por um copo de vinho acompanhado de empanada, queijo ou azeitonas. Ademais, é muitíssimo mais chique desconversar sob influência dionisíaca de um Tio Pepe ou um Terras Gauda do que dizer parvoíces graças ao Absolut com Fanta de laranja.

Imagem: Garrafa de Lambrusco Grasparossa de Módena; apenas 1.80 euros no Carrefour.

9 de dec. de 2006

Limite de vacas no blogomillo

Recentemente Chuza fíxose eco de xeito optimista de mais dunha nova en El País sobre o número de blogues en galego. O número de bitácoras está a crecer, certo, mas xa non cumprimos a lei de David Sifry (Technorati) segundo a que cada ano o número de blogues se multiplica aproximadamente por catro.


Nota: Cadros propios baseados en dados de Novosmedios.org

Se no presente 2006 o censo de bitácoras activas en galego non anda perto dos 600 blogues activos, podemos comezar a falar non en crise mas en mudanza no tipo de crecemento: o paso dun primeiro ciclo que foi como unha bola de neve a un segundo ciclo con tendencia asintótica.

O blogomillo tamén é un ecosistema e como tal ten os seus factores limitantes: a escasa penetración de internet no rural, onde está o maior caladoiro de galegofalantes, e a tan comentada endogamia.

5 de dec. de 2006

Literatura fast food

Este fim-de-semana soube que morrera de câncer de pulmão Allen Carr, aquele gajo que ficou milionário ao vender livros para deixar de fumar que se transformaram em best-sellers internacionais.

Isto fez-me lembrar a morte do Dr. Atkins, que faleceu com um ataque cardíaco e pesava 200 quilos, o guru da dieta das proteínas e poucos vegetais e autor de vários supervendas. E aínda o psicólogo Wayne Dyer que encheu de auto-ajuda as prateleiras dos Carrefour rematou os últimos dias numa seita religiosa.

A literatura fast-food não alimenta, não resolve qualquer problema, mas vende.

1 de dec. de 2006

Inundacións (II)

Para quen quiser saber mais sobre as inundacións, no próximo sábado dia 2 de decembro, no programa Protagonistas de Galicia en Punto Radio falarán ao respeito:

Carlos Nárdiz (decano do Colexio de Enx. de Camiños de Galiza)

Rafael Eimil (Director da Demarcación de Costas na Galiza)

Paco Alonso (Augas de Galicia)

e Jerónimo Puertas (Catedrático de Hidroloxía)

Frecuencias: A Coruña 105.1, Lugo 88.9, Ourense 89.9, Pontevedra 100.3, Santiago 100.2 e Vigo 91.1.

29 de nov. de 2006

Inundacións: unha visión técnica e persoal

Veño escoitando na radio os custosos efectos dos asolagamentos en varias vilas galegas como na imaxe, tomada polo Faro de Vigo perto de Baiona. Pódese facer algo neste sentido?

A hidroloxía é unha arte madura, os dados de precipitación, topografía e usos do solo son fáciles de conseguir e incluso existe excelente software de cálculo gratuito. No entanto, a grande maioría dos ríos galegos non contan con estudos a serio. Incluso sería posíbel prever con certa precisión os efectos da mudanza nos usos do chan e a deforestación sobre a escorrentía.

Cunha caste política xeralmente allea á tecnoloxía e unha sociedade curtopracista é dificil ensinar a importancia da hidroloxía. Os beneficios dos relatorios son visíbeis a longo tempo. Por unha banda, os estudos hidrolóxicos inflúen o planeamento urbanístico: as construccións que fiquen no dominio público hidráulico calculado deberían expropiarse e na ampla área de protección non se podería urbanizar. Por outro lado, a hidroloxía salva vidas e aforra danos.

24 de nov. de 2006

Pontes na Gallaecia

As pontes históricas que se espalhavam por todo o território da Gallaecia são atualmente um património imóvel de interesse público nem sempre justamente valorizado. Os exemplares mais valiosos existentes são de origem romana. À esquerda, a ponte sobre o Bibei (Póvoa de Trives, Galiza), à direita a Ponte da Barca (Portugal), sobre o Lima (gal. Límia), que era considerado o rio do esquecimento (Lethes) pelos romanos e por essa causa foi construida esta formosa ponte.

20 de nov. de 2006

Así funciona un xantar democrático

ALMUERZO CON EL EXCMO. SR. MIGUEL ARIAS CAÑETE, SECRETARIO EJECUTIVO DE POLÍTICA ECONÓMICA Y EMPLEO DEL PARTIDO POPULAR

Fecha: LUNES XX DE DICIEMBRE DE 2006
Lugar: CLUB FINANCIERO GÉNOVA
Les recordamos que para acceder al Club es imprescindible el uso de chaqueta y corbata.
Precio: 50 euros para socios inscritos del Harvard Club y 65 euros para los no inscritos del Harvard Club y resto de los miembros de la Ryder Club.
Forma de pago: Imprescindible el pago por adelantado mediante transferencia bancaria a favor de la Asociación Harvard Club de España.

AVISO LEGAL:Este mensaje se dirige exclusivamente a su destinatario y puede contener información reservada y/o confidencial. Si Vd. no es el destinatario original no está autorizado a copiar o distribuir esta comunicación a ninguna otra persona.

Galeguidade ao volante

Por estas alturas do ano os xornais comezarán a publicar estatísticas sobre as vítimas en accidentes de tráfico. Neste eido, os galegos temos unha maneira de ser na estrada que constitúe un feito diferencial que debería ser recollido no novo Estatuto.

O galego parecera incapaz de manexar un automóbil sen un estómago farto de comida e bebida. O sentido da palabra circular fica esclarecido debéndose á incapacidade dos condutores para movérense en liña recta senón en eses ou aínda mediante outras consonantes.

O código da circulación é para nós o equivalente contemporáneo do de Hamurabi: ten un valor histórico e serve para resolver disputas nos tribunais mas case ninguén fará caso del no día-a-día. Por exemplo, se tiver máis de 60 anos e un automóbil vello estará exento de usar cinto de seguridade, pois iso son só "mariconadas" para os novos. Xa para non falar dos sinais de tráfico, destinados non aos naturais senón exclusivamente aos turistas.

Como mostra da nosa paixón polo volante lémbrese que a única industria privada da automoción do Estado foi made in Galicia. Creo que case todos lembramos algún tractor ou camión das factorías de Eduardo Barreiros.

17 de nov. de 2006

Friedman

Em abril morreu Galbraith e ontem morreu o seu concorrente Milton Friedman, aquele membro dos Chicago Boys segundo o qual os impostos deveriam ser cortados toda vez que isso for possível.

Em 1976 Milton foi contemplado com o prémio Nobel de Economia e pouco depois as suas concepções influenciaram as políticas dos governos de Thatcher. Então Galbraith acusou Friedman de justificar a miséria e rejeitar qualquer política séria para a sua erradicação. O engraçado é que muitos dos neo-con que hoje usam algumas das teorias monetaristas nem sequer sabem escrever o nome dele.

Não concordando muito com Friedman gosto imenso de uma frase: "não existe almoço grátis".

15 de nov. de 2006

Mileuristas explicados por Varsavsky

No excelente blogue de Martin Varsavsky, emprendedor, filántropo e multimillonario, este explica as causas do mileurismo en España en comparación co Reino Unido, país onde tiven o pracer de vivir un ano. As causas resumidas son dúas e eu concordo en grande medida:

* Os estudantes no RU son formados nun modelo democrático de ensino onde se visa ter ideas orixinais e saber organizar mentres aos españois lles ensinan no modelo franquista de memorizar, repetir e obedecer.

* O RU é un país de xefes e emprendedores adaptados a competir na globalización mentres España é un país de subordinados.

13 de nov. de 2006

Na puta rua

Você pode ficar sem tecto. Estar na rua já não é coisa só de velhotes idosos e alcoólicos. Agora há mesmo jovens carenciados com estudos universitários.

Segundo o relatório de Cáritas espanhola, os inquiridos evidenciaram uma trajectória profissional de grande instabilidade e precariedade de vínculos contratuais. Apenas um terço tinha uma situação mais estável que perdeu devido a dependências (droga/álcool) ou a rupturas familiares. A maior parte dos sem tecto foram activos mas nunca tiveram direito a subsídio de desemprego.

Já se sabe, a malta vivendo na rua e os políticos na lua.

Imagem: Cartaz do filme hippie Sem tecto nem lei.

7 de nov. de 2006

Laban, direito ao padal

Feiraco ven de lanzar un novo producto lácteo, o Laban, típico do Líbano mas de longa duración (catro meses) e algo máis doce que o orixinal.

O producto é froito da colaboración entre esta empresa e a Universidade de Santiago de Compostela no campus de Lugo. No cartón utilízanse castelán, árabe, francés e, por suposto, portugués para que o producto poda chegar a o maior número de usuarios.

Eu estou desexoso de probalo mas teño entendido que ate marzo non chegará aos nosos supermercados.

A corrupção mata

O índice de percepção de corrupção da Transparency International que recolhe a opinião de analistas e empresários em 163 países foi divulgado ontem.

No topo da tabela de paíse transparentes estão a Finlândia, a Islândia e a Nova Zelândia e na cauda surge o Haiti, o Iraque ou a Guiné.

Dos paises europeus, vale a pena assinalar: 14 R. Unido, 16 Alemanha, 18 França, 23 Espanha, 26 Portugal, 45 Itália...

Os números divulgados mostram que há muito por fazer, e que a corrupção mata: com a excepção da Itália e da Venezuela, lá onde há corrupção há pobreza.

6 de nov. de 2006

Perder tempo

Segundo a Escola de Comercio de Copenhague os traballadores perden perto de media hora ao día en revisar o correo electrónico.

A comunicación moderna afórralle cartos ás empresas pero tamén llelo pode facer perder se non hai procedementos claros e disciplinados para atender o correo electrónico.

Se estas son as consecuencias do email, as consecuencias económicas do blogueo poden ser terríbeis.

30 de out. de 2006

A esperança tecnológica de Lula

A reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente do Brasil resulta um alívio para os projetos de democratização da tecnologia. Lula tem defendido activamente o software livre como um poderoso mecanismo de inclusão digital.

O software livre possibilita a livre distribuição e a livre modificação do software. É já uma economia significativa para o Estado brasileiro, uma maneira inteligente de reduzir a pirataria e um estímulo decisivo ao desenvolvimento de software próprio.

De facto, o Brasil vem trabalhando em formas alternativas de licenciamento para permitir que o uso, produção e reutilização de software chegue a um número maior de pessoas.

Até agora Lula não aproveitou as melhores chances, mas ainda tem a opção de fazer uma revolução digital socialmente justa num país dividido abruptamente entre ricos e pobres.

22 de out. de 2006

Renfe mexa por nós

Cada vez que viaxo un venres pola tarde de Compostela a Coruña o meu nível de xenreira acada o seu clímax grazas a Renfe. Xa non é que teñamos unha vía non duplicada, xa non é que teñamos comboios de hai medio século. E que a isto sómase que a xestión loxística e o trato ao cliente non poderían ser piores.

O traxecto A Coruña-Santiago-Vigo é dos mais rendíbeis. Renfe é consciente de que o venres ás catro da tarde en Compostela é a maior ponta semanal. Só unha mente perversa pode facer coincidir con diferenza de 10 minutos a saída a Vigo e á Coruña, colapsando a estación, e porse a imprimir os billetes de cada viaxeiro un por un en troques de telos xa pre-impresos. Ademais, racanéase no número de carruaxes facendo que en moitos casos os pasaxeiros teñamos que ir de pe incluso tendo reserva sen dereito a indemnización.

Un estudante ou un traballador debería poder estudar e traballar fóra da súa cidade, que non está tan lonxe de outras, sen ter que gastarse un diñeiral no transporte, sen ter que soportar folgas e atrasos todos os anos e sen o desprezo e a inoperancia dos empregados de fiestra da Renfe.

Nota: O famoso Talgo a Barcelona da figura é de 1964 e ate foi usado nun capítulo de Cuéntame; para facer rodar esta chatarra na Galiza fai falta una locomotora diésel das de mercadorías xa que non hai vía electrificada.

19 de out. de 2006

O tubo da vida

Mais de 6 mil pessoas morrem diariamente por doenças provenientes da água não-potável.

Segundo uma reportagem publicada por "The New York Times", uma empresa dinamarquesa fornecerá tubos com filtros de água que podem transformar água parcialmente poluída em potável para um programa de campos de refugiados. A invenção não é perfeita, mais testes são requeridos, mas agora filtra pelo menos 99,99% dos parasitas, bactérias e outros poluentes comuns.

Apenas 100 mil foram feitos, dos quais 70 mil foram para as vítimas dos terremotos na Cachemira no ano passado. O custo desta simples palha para beber água são três dólares (3$).

11 de out. de 2006

Virus e blogues


Contaminación da información na blogosfera. David Armano.

Non gosto de linkar posts alleos mas neste caso farei unha excepción. Vía unha bitácora de Barrapunto encontrei un interesante experimento de Eric Kintz sobre a contaminación viral da información nos blogues.

Un post con gancho, posuir certo karma na rede, que te referencie a túa comunidade, que algún blogueiro te traduza a outra lingua de ampla difusion e que te liguen desde Slashdot/Barrapunto ou Menéame e xa temos o virus da información espallado. Xa o dicía Goebles, unha mentira repetida mil veces convértese en verdade.

9 de out. de 2006

Volta a casa

Sabe bem voltar a casa cheio de cansaço e lembrar os velhos vícios e virtudes. Sou bastante caseiro, confesso. Mas é estranho voltar a casa depois de tempo fora. Até um café, um simples café normal como os outros cafés de taberna de bairro deixa a sensação da solidão de sentir-se um bocadinho estrangeiro na própria terra.

Há semelhanças entre a Galiza e o Reino Unido? Muito poucas, a verdade. Num e noutro sítio, porém, um vento frio anuncia que o Outono está perto.

6 de out. de 2006

Accións

Nestes meses houbo moita actividade na bolsa. Quen ten accións ou un fondo de investimento ou de pensións e sabe que o IBEX xa pasou o limite psicolóxico dos 12.000 pontos. Ángel Jove desfíxose da promotora Fadesa, a ACS-Dragados de Florentino Pérez vai camiño de ter o dominio de Iberdrola despois do de Unión Fenosa e Necso botou un órdago sobre Endesa. Mas imponse unha lectura entre liñas: a construcción comeza a perder aos poucos a rendibilidade doutras tempadas e as constructoras xa non queren ser só constructoras senón operadores integrais de servizos; isto é a definición políticamente correcta que se pode ler nunha das webs dunha das anteriores empresas.

Hoxe escoitei ao presidente Touriño dicer que para costear a Cidade da Cultura fai falta meter a empresas privadas polo medio, e eu concordo, e o autarca compostelano Bugallo asegura que dita obra será sen dúbida unha fonte de cartos para Galiza. Ben, eu propoño facer como coa construcción dos primeiros ferrocarrís do XIX, cando a administración non tiña cartos para pagalos: poñer no mercado accións da Cidade da Cultura e que os ricos prohomes como Bugallo e empresas que consideren que a megalópole cultural é o fabuloso negocio que aventuran algúns merquen todas as accións que desexen e fagan OPAs hostís.

20 de set. de 2006

Ibarra acertou co software libre

Se ben Rodríguez Ibarra representa a vella garda dun socialismo demodé, hai que recoñecerlle o mérito de loitar polo mellor para a súa terra. Errou no obxectivo da súa xenreira: non debería ter ollado tanto para Cataluña, senón tamén para a máis próxima comunidade do oso, que alén de ser a máis rica de todas, é a que empregou a meirande parte do PIB estatal en remozar as súas autovías, estacións de tren e aeroporto.

Apesar dos erros, hai unha cousa pola que merecería especialmente ser louvado pola modernidade. A Extremadura leva varios anos fomentando o software libre (open source) con suceso. Hoxe en día é a administración da UE menos dependente do software comercial con copyright (enténdase principalmente Microsofte e a ditadura do Windows, Word, Explorer, etc). A súa distribución do sistema operativo aberto e gratuito Linex está ben estendida no eido académico, incluso a nível estatal. De facto, IBM anunciou recentemente o estabelecemento dun grande centro de producción de software en Badajoz.

Certo é que a Extremadura continúa a ser a comunidade máis pobre mas recurtou distancias grazas ao salto tecnolóxico e sentou as bases para aspirar a un futuro mellor.

Oxalá que a chegada do supercomputador Finis Terrae ao CESGA e os novos mestrados e doutorados sirvan de revulsivo para saírmos do modelo económico do cemento e apostar dunha vez polo valor engadido da nosa incipiente industria tecnolóxica.

13 de set. de 2006

Ministro a Alta Velocidade

Possível foto do cão do ministro na viatura.

É possível ler no semanário Expresso.pt que o Ministro da Economia do país vizinho foi apanhado pelo radar com excesso de velocidade na A1 (Lisboa - Porto). O carro, um Jaguar de 3 litros a gasolina, poderia ter circulado a 180 km/h.

A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados requereu à Direcção-Geral de Viação a aplicação de sanções ao senhor Ministro como autor moral da infracção. O interesse de chegar mais cedo era do ministro e não do motorista, o qual agiu por ordem do político.

O senhor Ministro alegou que o seu veículo ia a alta velocidade por estar em "serviço público urgente" e que "não fará qualquer comentário sobre este assunto".

Eu creio que muitos são os galegos alguma vez encontraram algúm Audi preto ou cinzento de vidros tintados na A-9 a muito mais de 120 km/h em sentido Santiago, quando esta gente deveria ser a primeira a dar exemplo.

11 de set. de 2006

Banca on-line

L'Associazione Bancaria Italiana difende il diritto all'imbroglio. Politbjuro.it

Apesar de que a Galiza continúa na cauda no uso de internet, a banca on-line rexistrou un crecemento espectacular debido á axilidade no trading e á ausencia de moitas comisións da banca presencial.

Os principais bancos españois que operan en liña (IBanesto, Bancopopular-e, Uno-e, e-Bankinter, Patagon e Openbank) tiveron no primeiro semestre deste ano uns beneficios superiores aos 15 millóns de euros, o que supón multiplicar por cinco os resultados do ano pasado. Uno-e, do BBVA, foi a entidade con maiores lucros. Outra das grandes entidades é ING Direct mas ao ser sucursal dun banco neerlandés non presentou os seus resultados xa que non se lle pode aplicar a lei española.

Na Galiza os principais bancos galegos on-line por número de clientes son Caixa Activa (Caixa Galicia) e Oficina Directa (Pastor).

Operar pola net ten moitas vantaxes se tamén se ten perto unha oficina para solventar algunhas xestións. Nalgúns caso, darse de baixa dun servizo (p.ex. cartón de crédito, domiciliacións) pode demorar mais dun mes nalgunhas entidades e para iso aínda é bo ter a man unha oficina na que poder queixarse en persoa.

A Galiza nipona

Capa de Ghost in the shell, um animé sobre o futuro numa sociedade maquinista.

A sociedade japonesa comparte com a galega uma taxa de suicidio superior a 5 por 100.000 cada ano, sendo a época pior na primavera e no verão.

Maioria dos galegos da geração-X, como eu próprio, crescemos com o animé de Akira Toriyama (Dr. Slump, Dragon Ball). Hoje a estrela é Shin Chan, que amostra no fundo uma sociedade japonesa muito competitiva, em que o casal anda quase todo o dia quer no trabalho quer no centro comercial, onde é impossível deslocarse a pé e os filhos são únicos e passam a jornada inteira na escola.

Baseado na arte erótica oriental que já existia há mais de quatrocentos anos apareceu também o hentai moderno após a derrota japonesa da Segunda Guerra Mundial. A pornografia é limitada no Japão e o hentai mais perverso é uma válvula de escape às pressões do quotidiano.

Quando as pessoas decidem demitir-se da vida como na Galiza e no Japão significa que algo está doente nas nossas sociedades pós-industriais e nem sequer as válvulas de escape funcionam. Cá encontramos todos os dias sintomas de enfermidade social no elevado grau de alcoolismo, nos suicídios, no narcotráfego, nos acidentes de trânsito, nos incêndios, etc...

8 de set. de 2006

Bugs: historia dun bicho

Non, esta postaxe non vai de Miguel Torga. Falta pouco para o aniversario do primeiro bug (erro) informático documentado.

O termo bug (bicho en galego) foi asociado a interferencias electrónicas e erros no funcionamento de aparellos eléctricos desde moito tempo atrás. Parece que foi Thomas Edison un dos primeiros en empregar esta palabra neste sentido, se ben a súa popularización na incipiente informática de meados de século débese a Grace Murray Hooper (9 de setembro, 1945) cando, segundo di a lenda informática, unha avelaíña (inglés: moth) causou un fallo eléctrico na calculadora-computadora Aiken da universidade de Harvard.

Hoxe a maioría de bugs son de software mas o termo aínda persiste. Aínda que tampouco se poden considerar en sentido estrito bugs, os erros máis habitais na net poderían ser estes dous:
  • Familia de erros 400: A páxina non existe ou foi borrada.
  • Familia de erros 500: Aparece cando o server remoto no que está a web está saturado ou non é capaz de encontrar a web que lle pedimos.

7 de set. de 2006

O tamanho importa

Ti dis: Galiza é ben pequena. Eu dígoche: Galiza é un mundo. Pode ser ela pequena en extensión. En fondura, en entidade, é tan grande como queiras. Vicente Risco.

Embora boa parte da vida de Risco não seja digna de admiração, esta frase formosíssima que escutei ao começo de um programa da TVG é inspiradora e própria do brilhante pensador que alguma vez foi. E até talvez tenha algo de razão desde um ponto de vista pragmático: dos dez países com a maior renda per cápita só um tem mais de dez milhões de população, os Estados Unidos da América. Em destaque, a Suíça com 7m e a Noruega com 4m.

Desde os tempos de Aristóteles se tem debatido a questão do tamanho óptimo da administração duma cidade. Uma cidade imensa maneja grandes orçamentos mas esta eficiência perde-se quando a população está muito dispersa e nas cidades pequenas, apesar de o custo de estrutura por cabeça ser um bocado maior, as pessoas semelham mais conscientes das despesas e o governo local pode agir com proximidade e rapidez.

Até a biologia pensa que os dinossauros se extinguiram por excesso de tamanho. Eu pessoalmente não me sinto folgado numa cidade de mais de meio milhão de habitantes.

5 de set. de 2006

Iberia e Ryanair

Onte lin no xornal online 20minutos que Ryanair regalaba billetes en Barcelona por protestar contra Iberia mas os berros voltáronse en contra de ambas ao non ter billetes dabondo para os manifestantes congregados. Curiosa medida de marketing de guerrilla. Na Galiza tamén temos a nosa particular batalla, sobre todo nos voos británicos. Eis algunhas diferenzas:

Iberia voa desde A Coruña a Heathrow que é o aeroporto londinense máis céntrico e o que está mellor conectado se imos a outra cidade se o compararmos con Stansted (Essex, Norte de Londres), os lugares están numerados e só son precisos 45 minutos previos en lugar das 2 horas de check-in de Ryanair, tarda 30 minutos menos en voo, permite facturar 5 kg mais de equipaxe que a compañía irlandesa, a tripulación fala en lingua romance e o Airbus é máis cómodo que o Boeing.

Pola contra Ryanair voa desde Lavacolla, que dá mellor servizo ao sul da Galiza e voa tanto a Londres-Stansted como a Liverpool (desde outubro), soe ser un chisco mais barata e nótase especialmente nos meses nos que voa menos xente, permite levar 5 kg máis de equipaxe de man, é mais exacta que Iberia e probabelmente nunca deixarán a nosa equipaxe en terra para meter a da duquesa de Alba.

A min persoalmente encántame a competencia e aínda que costumo voar con Iberia agradezo a Ryanair a sua implantación na Galiza que permitiu por fin a un monopolio. Desde aquela a compañía española mellorou bastante a política de prezos.

2 de set. de 2006

Além do Norte de Portugal

Túnel Airton Senna em São Paulo.

Apesar da impressionante reengenharia e renovação dos sectores industriais da Galiza e do Norte de Portugal nos últimos anos, como o têxtil, o alimentar, os móveis e o automovilístico, apesar de o país vizinho ser o nosso principal destino de exportação se exceptuamos a produção da fábrica de automóveis da Citroën de Vigo, ainda assim continuamos a ter uma falta de visão internacional nos negócios.

A Lusofonia representa mais de 200 milhões de pessoas no mundo. O PIB lusófono cresceu no ano passado a um ritmo de 7%, havendo sido os crescimentos maiores os de Moçambique e a Angola. Constitui, pois, um mercado considerável com perspectivas de crescimento notáveis onde a Galiza poderia fazer muito. Brasil é mais do que axé e futebol; oferece uma espectacular potência económica emergente e será o principal produtor mundial de bio-combustíveis, substitutos limpos e renováveis do petróleo, e o principal utente e produtor de software livre.

Grande parte da Lusofonia tem necessidade de edifícios, de rodovias e caminhos de ferro, de universidades, de tecnologia, de conhecimentos técnicos da mais diversa classe que os nossos empresários e profissionais especializados poderiam fornecer.

31 de ago. de 2006

Un AVE para 100 anos

Futura ponte do Sionlla (perto de Oroso), no treito entre Santiago e A Coruña (in VideaLab, UDC).

Hoxe o convidado da entrevista da mañá na TVG foi o meu antigo profesor Miguel Rodríguez Bugarín, catedrático de Ferrocarrís da Universidade da Coruña.

Basicamente, a crítica subxacente baixo as verbas sempre comedidas e educadas do profesor é que os trazados do AVE estanse a decidir de maneira política e non técnica.

No Xapón adican moitas horas de traballo e investigación en planificación territorial para gañar un minuto de tempo nun trayecto de 100 km. En España calquera que chega a un alto cargo político no que apenas vai estar catro anos elixe a súa solución, moitas veces baseada mais no protagonismo persoal do que en criterios técnicos racionais.

Xa que a liña AVE é unha infraestructura cun grande impacte na economía e que non vai ser modificada no sustancial durante un século, sería conveniente facer as cousas con moito siso e apoiarse sempre na opinión dos que mais saben.

27 de ago. de 2006

Toponimia: Llanfair­pwllgwyngyll

Esta é unha pequena homenaxe aos meus veciños galeses, que non se avergoñan de utilizar a toponimia en galés, como debe ser.

O que len no cartaz é o nome completo de vila mais longo do Reino Unido. Pronuncialo é só para os valentes. Eu digo abreviadamente Llanfair que sería pronunciado algo así como /'hlan vair/.

Non teño mínima idea sobre o nome de vila mais longo da Galiza mas sospeito que Santa María das Pontes de García Rodríguez non andará lonxe do obxectivo.

New Orleans: cidade no limbo

Capa do livro Breach of Faith: Hurricane Katrina and the Near Death of a Great American City. Jed Horne

Um ano depois do furacão Katrina que destruiu os diques e inundou o 80% de Nova Orleães, uma grande cidade no país mais poderoso do mundo, a maioria dos governos continuam despreparados para os grandes desastres naturais. Hoje, a situação no estado de Luisiana é assim:
  • 100.000 milhões de euros perdidos
  • 300.000 pessoas sem lar
  • 70% das escolas e 50% dos hospitais fechados
O Katrina é uma lição terrível para todas as economias míopes, focadas só na produtividade imediata, uma nódoa para os que acham que a prevenção é uma despesa e não um investimento.

25 de ago. de 2006

A Galiza e o Silicon Valley

Mapa coas actividades do Silicon Valley e arredores, California.

O urbanismo ten unha influencia maior sobre a economía do que sospeitamos mas non sempre o que parece obvio é certo: cidades demasiado ordeadas poden resultar perxudiciais para a criatividade empresarial. Podemos tomar o exemplo californiano do Silicon Valley, a rexión máis productiva do mundo que anteriormente era un deserto, e aplicar estas leccións á Galiza.

Segundo o programador e escritor americano Paul Graham as cidades deberían investir máis na universidade e menos en urbanismo. Un argumento duro, sen dúbida, mais ten o seu ponto de verdade. Básicamente a tese é que o Silicon Valley se formou grazas á personalidade do lugar e ás grandes universidades (Stanford e Univ. de California) que souberan atraír a un tipo de traballador altamente criativo: o nerd.

Xa Guy Kawasaki advertía de que cidades demasiado lindas son ideais para os turistas mas non para os emprendedores (o que en palabras de miña avoa podería resumirse en: isto é bo só para os turistas!). O mesmo autor advirte de que a maioría de start-ups son ideas de enxeñeiros e de científicos, non de MBAs, e que deberíamos centrarnos máis en fomentar unha educación tecnolóxica do que escolas de negocios.

23 de ago. de 2006

O exemplo de Perelman

O matemático russo Grisha Perelman de ascendência judia resolveu a conjectura de Poincaré após quase um século. É um dos problemas matemáticos do milénio e por esta causa conseguiu a medalha Field, o maior prémio matemático.

A conjectura diz mais ou menos que a esfera é a única variedade compacta 3D na que qualquer laço fechado (i.e. círculo) pode transformar-se por deformarção num ponto.

Perelman mora em São Petersburgo muito discretamente, em estado de reclusão porque é avesso à publicidade.

De facto, Perelman não gosta de publicar os seus trabalhos nos habituais "journals" científicos mas directamente na internet, de maneira aberta através de uma simples web.

Este génio decidiu surpreender uma vez mais ao mundo inteiro rejeitando a glória de receber uma medalha Field.

21 de ago. de 2006

+ Matemática, se faz favor


Tabela da relevância da produção científica espanhola in De León&Zuazo . Vejam que física (3ª), engenharia (6ª), matemática (8ª) enquanto que economia e gestão (20ª),estudos sociais (21ª) . Dá que pensar se o dinheiro está a ser bem investido na universidade espanhola, não sim?

A elite mundial das matemáticas teve ontem em Santiago de Compostela uma assembleia prévia ao encontro da União Matemática Internacional (IMU) da terça-feira em Madri. A matemática espanhola através do galego Manuel de León (CSIC) poderia ter um representante na IMU pela primeira vez na história.

O governo galego fez uma proposta á serio ao MEC para a criação de um centro inter-disciplinar em tecnologia computacional e modelização matemática. Hoje em dia as universidades galegas já estão a colaborar na aplicação da matemática industrial com Endesa, Fenosa, Fujitsu, Izar e Caixa Galicia entre outros.

Isto somado ao CESGA e o super-computador Finis Terrae que chegará em 2007 faz que a Galiza tenha hipóteses de criar um cluster de referência na simulação e modelização matemática.

O nível de matemática revela-se no quotidiano. Segum a notícia do diario, a Espanha só produz 198 parelhas de sapatos mas a 15 milhões de euros cada uma (serão para Imelda Marcos). Façam as contas.

19 de ago. de 2006

A odisea do alugueiro

Cada ano os que pretenden vivir de aluguer en Santiago de Compostela pásanas negras para encontrar unha habitación máis ou menos decente e a un prezo non abusivo.

A cousa é especialmente frustrante se o inquilino for home ou confesar ter parella dado que os discriminadores donos dos inmóbeis prefiren rapazas sen mozo. Ás veces teño pensado se o que realmente queren é montar un burdel.

A media do aluguer dunha habitación en Compostela está arredor dos 160 euros por persoa e mes sempre que non se gaste moito en eletricidade e gas. No entanto, ultimamente non é difícil encontrar donos que piden ata 200 euros en diñeiro negro por unha habitación en condicións que distan moito de ser óptimas.

Eis o noso modelo económico onde os terratentes de mans dadas continúan a vivir dos lucros das rendas mentres os elementos productivos da sociedade ven dezmado o seu salario coma no pior medievo: realmente alguén se sorprende da fuga de cerebros galegos con estas condicións?

15 de ago. de 2006

Não alimente o troll

Capa do livro de contos Dos arquivos do trasno. Rafael Dieste.

Um troll (trasno em galego e trasgo em português) é muito mais do que uma figura da tradição celta.

A Wikipédia define ao troll (geralmente masculino) como uma pessoa que envia mensagens na net esperando induzir outras a respostas zangadas ou estéreis. Há quem não tenha o que dizer, quem não tenha educação, quem prefira desqualificar a notícia… Felizmente é uma minoria. Estes são os riscos da liberdade de expressão.

Nos espaços de edição colaborativa como a própria Wikipédia, por vezes surgem conflitos onde é difícil de detectar se um dos intervenientes é um troll ou se tem apenas tem uma opinião divergente.

Nos fórums e bate-papos cria vários perfís falsos, uma identidade boa e uma identidade má, ou apenas a identidade má, e semeia o caos e a discórdia nas comunidades, quebrando toda e qualquer etiqueta

Se o troll não pode ser banido ou moderado, o melhor é ignorá-lo. Se encontrar um deles, lembre: não alimente o troll.

11 de ago. de 2006

Freakonomía galega: vacas e blogues

Na Galiza hai case un millón de vacas, case unha por cada tres galegos. O top ten dos nomes máis comúns deste tótem galego son pomba, linda, pinta, branca, marela, moura, morena, negra, roxa e parrula.

Na Galiza tamén hai máis de mil blogues en galego. O 80% dos weblogs criados na Galiza usan o galego como única lingua en calquera das súas variantes ortográficas e outro 15% castellano e galego. Máis de metade dos blogueiros proceden dun ambiente urbano. A relación homes vs mulleres é 60%/40%. frente ao 70%/30% da blogosfera hispana. A maioría das bitácoras en galego adícanse a temas culturais, literarios, de activismo social e de política.

Así o País do millón de vacas que dicía Rivas pasa a se converter no dos mil blogues.

9 de ago. de 2006

Faltan meios ou sobran incendios?

Deseño de Pánchez in Aduaneiros sem fronteiras.

En Portugal hai case 1.000 efectivos para facer fronte a 17 incendios nun territorio de 97.000 km2. Na Galiza 4.700 bombeiros (5 veces máis) para máis de 100 incendios (6 veces máis) e un territorio de 27.000 km2 (máis de 3 veces menos). A proporción de efectivos é aproximadamente a mesma, mas a dotación por km2 é máis de 15 veces maior na Galiza. Para causas poden valer a apontadas no post de abaixo Arde Galiza.

Todo se pode mellorar mas os meios que temos nunca serán suficientes ante quen nunca respeita a nosa paisaxe, a xente e o noso País. Todos os esforzos son necesarios. Moitas grazas pola axuda de Portugal e doutras comunidades do Estado Español (especialmente das Astúrias) nas labouras de extinción.

Pódense consultar os dados oficiais da evolución do lume na Consellería do Meio Rural.

8 de ago. de 2006

O fogo ao vivo

A vergonha vermelha que está a destruir os nossos bosques pode ser vista ao vivo desde a a web do Naval European Meteorology and Oceanography Center (NMOC) . As arrepiantes imagens da fumaça que vai da província de Ponte-Vedra até ao Oceano Atlântico passando pelo Norte de Portugal amostram às claras a gravidade duma situação que ultrapassa o âmbito local atingindo a toda a Galiza.

INFORMATIVOSTELECINCO.COM: Según el director general de la Benemérita, Joan Mesquida, Galicia es un punto especialmente sensible en materia de incendios. Un número elevado de los fuegos son intencionados y no se descarta relacionar el fuego con mafias organizadas.

7 de ago. de 2006

Arqui-chatices

O território galego tem sido invadido por uma arquitectura de má qualidade, sem que tal provoque significativo sobressalto da sociedade ou da classe política.

Mesmo em cidades com uma excelente arquitectura como A Corunha, nas últimas décadas tem-se assistido a uma sucessiva demolição de bons edificios antigos para serem substituidos por novas peças de péssimo gosto.

Se existe uma arquitectura de má qualidade, isto não se deve à falta de arquitectos, como o desordenamento do território não é por falta de bons engenheiros.

Má arquitectura e mau urbanismo não são problemas independentes mas consecutivos. A educação no bom gosto é vital: não vale tudo.

Arde Galiza

O fogo trouxe de novo a tragédia à Galiza, con três vítimas mortais e milhares de ha queimadas.

Embora nenhuma parte da Europa atinja cifras semelhantes às que se temos cá, para muitos galegos, os incêndios florestais já são parte da paisagem quotidiana deste País.

Viver das rendas dum urbanismo tão lucrativo como cruel, as indústrias do tabuleiro e da pasta de papel em base às espécies de crescimento rápido (pinheiro e eucalipto), as vinganças vandálicas entre vizinhos, a falta de sensivilidade social e a legge della omertà perante estas acções e a crise da estrutura rural converteram à Galiza no cenário perfeito para este inferno um ano mais.

No entanto, saibam que quem brinca com o fogo normalmente queima-se.